Poesia azul
(À ilustre Dra. D. Leonor A. Figueiredo)
marcou na solidão um ponto certo
um sinal, talvez, vindo lá do Céu
para encontrar-me aqui, no meu deserto
Um oásis azul em meu caminho
para mim descansar, e num alento
prosseguir no meu rumo, e tão sozinho
chegar ao fim sem desfalecimento
Vou seguindo contente estrada a fora
com a proteção do imenso azul celeste
a clarear meus passos, muito embora
reconhecendo o meu caminho agreste
Hei de ver tudo azul no meu roteiro
ora colhendo rosas, ora espinhos
tal qual um penitente caminheiro
a tropeçar nas pedras dos caminhos
E declamando a cada passo, um verso
vou namorando a bela natureza
o céu azul, o mar, todo o universo
exaltando do amor toda a pureza
Hei de chegar ao fim determinado
até o marco azul da minha sorte
mas, irei para o além, bem confortado
sentindo tudo azul até a morte!
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